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Foto: Internet |
“Nosso grupo faz um trabalho muito humanizado e diferenciado. Somos referência para trabalhos de faculdades em Maceió. Quando viajamos para congressos, muitos profissionais se admiram de termos um programa destinado somente a idosos, pois em muitas capitais e municípios brasileiros, esse trabalho fica por conta da equipe que faz Atendimento Domiciliar”, esclarece a coordenadora do programa, a assistente social com especialidade em gerontologia, Denyse Lima Maia.
Após a palestra e o debate, os cuidadores recebem do programa material básico para tratamento do idoso que cada um cuida em suas casas, como material de higiene e medicações. O programa conta com uma equipe multidisciplinar que atende pacientes acamados e os ativos, por escala de plantão. Ao todo são onze profissionais, dois médicos, um assistente social, dois fisioterapeutas, dois enfermeiros, um psicólogo, um nutricionista, e dois técnicos de enfermagem.
“É necessário mantermos esse grupo para que as pessoas recebam apoio logístico e também emocional, com a interação mensal. A maioria deles tem alto nível de estresse; muitos deixam de trabalhar, de estudar, largam suas vidas para cuidarem de seus pais, mães e outros parentes próximos”, atenta Denyse Maia.
Adeilda dos Santos cuida da mãe de 77 anos que têm problemas musculares e articulares, hipertensão arterial e ‘bico de papagaio’. “Minha mãe sempre foi meu maior exemplo de vida, sempre fui fã dela”, enfatiza. A dona de casa Adeilda cuida especialmente da mãe há cinco anos e conta com a ajuda do seu único filho. “Ela depende de mim para tudo, comer, tomar banho, se locomover. Será assim até o fim”, diz.
A psicóloga do PAM Salgadinho, que atende idosos no Bloco B do PAM Salgadinho todas as tardes, e que também tem especialidade em gerontologia, Maria Aparecida Oliveira preparou uma palestra sobre o ‘olhar’ da pessoa idosa e acamada. Ela traçou comentários a respeito dos valores morais, e das relações do chamado ‘espelho da alma’ (os olhos) com a experiência pessoal dos idosos que carregam uma história de vida longa, e que muitas das vezes expressam um pedido de socorro, um pouco de amor, carinho e afeto.
“A maioria dos idosos que nos procura está passando por depressão. Creio que muitas doenças desenvolvidas têm relação íntima com essa fase da vida, e com os verdadeiros valores que cultivamos no decorrer de nossas vidas”, finaliza a psicóloga Aparecida Oliveira.
Fonte: Aqui Acontece (por Secom - Maceió)
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