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Idosa caminha no Lar dos Valinhos, em Campinas: especialistas dão dicas para evitar acidentes (Foto: Leandro Ferreira/AAN) |
Campinas (SP) - Em 2011, 2.015 pessoas foram internadas em hospitais da Região Metropolitana de Campinas (RMC) após sofrerem quedas da própria altura — causadas por tropeções ou desmaios, por exemplo. O número só perde para as cidades da Grande São Paulo, que tiveram mais de 10 mil casos. O levantamento feito pela Secretaria Estadual da Saúde apontou, ainda, uma morte a cada quatro dias no Estado. De acordo com os dados, os idosos são as principais vítimas e representam 76% dos óbitos. Vida ativa e exercícios físicos podem reduzir os riscos de queda entre a população mais velha, afirmam especialistas.
Os números foram colhidos em todos os hospitais do Estado e distribuídos em 17 regiões. Ao todo, foram 20.261 internações em decorrência de quedas registradas em 2011. A Grande São Paulo lidera com 10.756 casos, seguida pela região de Campinas, com 2.015. Em terceiro vem a região de Taubaté, com 1.771 internações.
O número de mortes em decorrência dos tombos, apesar de ser bem menor, impressiona. Foram 83 no ano passado. Destes, 63 eram pessoas com mais de 60 anos. Na região de Campinas, foram sete mortes em 2011, atrás das áreas de São José do Rio Preto (14), Baixada Santista (13), Grande São Paulo (10) e São João da Boa Vista (10).
De acordo com Gustavo Feriani, supervisor médico do Grupo de Resgate e de Atendimento às Urgências (Grau), a pesquisa não mostra o local de maior incidência das quedas, mas em geral elas acontecem dentro de casa, garante. “Pela experiência e ligações que recebemos no resgate de urgência, as pessoas se acidentam com mais frequência em suas casas”, informou. Feriani disse que o alto índice de mortalidade entre os idosos é explicado por outros fatores. “Uma internação com uma pessoa saudável é mais tranquila. Já um idoso que apresenta fratura pode evoluir para outras complicações, como uma infecção, por exemplo”, disse.
A geriatra Marianela Flores de Hekman, membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e diretora da área de educação do Comitê Latino-Americano de Geriatria e Gerontologia, acredita que uma das principais atitudes que um idoso pode ter para reduzir riscos de queda é manter uma vida saudável. “A maioria dos idosos toma remédios e pode sofrer com a falta de equilíbrio, o que pode piorar com o sedentarismo. Uma vida ativa, com atividades físicas orientadas, é imprescindível”, afirmou.
Outras mudanças de hábito também podem minimizar o problema dentro de casa. Cômodos espaçosos e com poucos móveis, que acabam por se transformar em obstáculos, são algumas das dicas da médica, que alerta para o problema da mobilidade urbana. “As cidades não estão muito adaptadas aos idosos, portanto, é bom evitar que eles andem sozinhos. O ideal, após os 80 anos, é sempre ter um acompanhando, e mesmo onde há acessibilidade, não andar muito”, disse.
PONTO DE VISTA
Daniela Capelleti Fernandes é fisioterapeuta do Lar dos Velinhos
Prevenção é permanente na instituição
Os números foram colhidos em todos os hospitais do Estado e distribuídos em 17 regiões. Ao todo, foram 20.261 internações em decorrência de quedas registradas em 2011. A Grande São Paulo lidera com 10.756 casos, seguida pela região de Campinas, com 2.015. Em terceiro vem a região de Taubaté, com 1.771 internações.
O número de mortes em decorrência dos tombos, apesar de ser bem menor, impressiona. Foram 83 no ano passado. Destes, 63 eram pessoas com mais de 60 anos. Na região de Campinas, foram sete mortes em 2011, atrás das áreas de São José do Rio Preto (14), Baixada Santista (13), Grande São Paulo (10) e São João da Boa Vista (10).
De acordo com Gustavo Feriani, supervisor médico do Grupo de Resgate e de Atendimento às Urgências (Grau), a pesquisa não mostra o local de maior incidência das quedas, mas em geral elas acontecem dentro de casa, garante. “Pela experiência e ligações que recebemos no resgate de urgência, as pessoas se acidentam com mais frequência em suas casas”, informou. Feriani disse que o alto índice de mortalidade entre os idosos é explicado por outros fatores. “Uma internação com uma pessoa saudável é mais tranquila. Já um idoso que apresenta fratura pode evoluir para outras complicações, como uma infecção, por exemplo”, disse.
A geriatra Marianela Flores de Hekman, membro do Conselho Consultivo da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e diretora da área de educação do Comitê Latino-Americano de Geriatria e Gerontologia, acredita que uma das principais atitudes que um idoso pode ter para reduzir riscos de queda é manter uma vida saudável. “A maioria dos idosos toma remédios e pode sofrer com a falta de equilíbrio, o que pode piorar com o sedentarismo. Uma vida ativa, com atividades físicas orientadas, é imprescindível”, afirmou.
Outras mudanças de hábito também podem minimizar o problema dentro de casa. Cômodos espaçosos e com poucos móveis, que acabam por se transformar em obstáculos, são algumas das dicas da médica, que alerta para o problema da mobilidade urbana. “As cidades não estão muito adaptadas aos idosos, portanto, é bom evitar que eles andem sozinhos. O ideal, após os 80 anos, é sempre ter um acompanhando, e mesmo onde há acessibilidade, não andar muito”, disse.
PONTO DE VISTA
Daniela Capelleti Fernandes é fisioterapeuta do Lar dos Velinhos
Prevenção é permanente na instituição
A queda sempre foi uma preocupação importante do Lar. Por isso, adotamos uma política permanente de programas de prevenção a quedas. Qualquer tombo que aconteça dentro da instituição é registrado em um banco de dados, que contém a descrição do local, a forma como aconteceu, as roupas e calçados usados pela vítima no momento da queda. Tudo isso é analisado para que se descubra os principais fatores que provocam os acidentes, seja entre os visitantes, funcionários, ou os 150 velhinhos que vivem no Lar. Baseadas nesses dados, as campanhas internas de prevenção são desenvolvidas para minimizar todos os riscos. Atualmente, o Lar registra média de quatro quedas mensais. Todas as dependências estão preparadas para receber os idosos, com rampas, corrimãos, pisos antiderrapantes, barras de ferro nos sanitários, iluminação adequada. Mas, por mais que haja informação e a estrutura adequada, existe o déficit de equilíbrio natural nesta fase da vida. Por isso, a importância de desenvolver um trabalho preventivo, com exercícios físicos entre os idosos para o fortalecimento muscular. Mesmo que a queda não aparente gravidade, para um idoso pode haver complicações sérias. O Lar dos Velhinhos se preocupa com os idosos que moram ali, mas todos os cuidados podem e devem ser praticados em casa. A cama na altura do joelho e tapetes ou piso antiderrapentes são algumas dicas.
Fonte: Correio Popular
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